Desfrutemos da felicidade do céu

Mt 3,1-3

Aleluia! Que a graça e a paz de Nosso Senhor estejam com todos nós. Todos os pais desejam a verdadeira felicidade para os seus filhos. Da mesma forma, porque Deus é o nosso Pai que nos deu uma nova vida, quer que nós, os seus filhos, sejamos felizes. Amigos, há alguma coisa na vossa vida que acham que, se fosse resolvida, vos faria felizes? O nosso Pai Celestial quer revelar-Se como seu Pai, resolvendo as suas preocupações, ansiedades e problemas dolorosos. Quando essas questões forem resolvidas, você naturalmente sentirá paz e alegria – isso é felicidade. A felicidade do céu é semelhante, mas vai além da paz e da alegria; ela também inclui a retidão.

Deus, no Seu desejo de que compreendamos isto, vê os nossos corações quando decidimos viver para a justiça e resolve os nossos problemas. O Senhor disse: “Buscai primeiro o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas também”. Portanto, quando as coisas não estão a correr bem para nós ou quando enfrentamos dificuldades, temos de reconhecer que pode ser porque não procurámos o reino de Deus e a Sua justiça. Romanos 14:17 diz: “O reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo”.

Deus nos chama ao arrependimento, dizendo: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”, para que possamos receber a felicidade do reino dos céus. Para nos conceder esta alegria celeste, Ele ordena-nos que façamos três coisas: primeiro, arrependermo-nos; segundo, endireitar o caminho do Senhor; e terceiro, reconhecer que o reino dos céus está próximo.

Ao partilhar estas três verdades, espero e rezo para que todos nós experimentemos a felicidade do reino dos céus.

Para experimentar a felicidade do céu, o primeiro passo é o arrependimento. O significado original de “arrepender-se” é “mudar a sua mente” ou “transformar os seus pensamentos”. Então, que pensamentos precisam de mudar? É a nossa compreensão da fé no Senhor que somos chamados a seguir. O nosso Senhor é conhecido como Jesus de Nazaré. Neste mundo, Nazaré era considerada um lugar para os tolos, fracos e humildes. O caminho que Jesus percorreu foi, segundo os padrões do mundo, um caminho de loucura, fraqueza e humildade. No entanto, a maioria das pessoas procura um caminho de sabedoria, força e honra – um caminho que se alinha com a natureza humana e é amplo e fácil.

Porque é que desejamos sabedoria, força e honra? Muitas vezes é para auto-preservação. O problema é que, ao escolhermos o caminho mais amplo para a nossa própria sobrevivência, vivemos como se a morte não tivesse qualquer relevância para nós, ignorando a sua realidade. Para discernir se estamos no caminho da vida ou da morte, precisamos de fazer uma pausa e refletir sobre o que vem depois da morte. Quando meditamos profundamente nas parábolas do Senhor, surge a sabedoria.

Considere a parábola que Jesus contou: Um homem rico tinha uma terra fértil que produzia uma colheita abundante. Pensou para consigo: “Que hei-de fazer? Não tenho sítio para guardar as minhas colheitas”. Então disse: “Vou fazer o seguinte. Vou deitar abaixo os meus celeiros e construir outros maiores, e aí guardarei todos os meus cereais excedentes. E direi a mim mesmo: ‘Você tem bastante grão guardado por muitos anos. Leve a vida com calma, coma, beba e alegre-se”. Mas Deus disse-lhe: “Seu tolo! Esta noite, a sua vida ser-lhe-á pedida. Então quem é que vai receber o que você preparou para si?” Jesus concluiu: “Assim será para quem acumular coisas para si, mas não for rico para com Deus”.

Para seguir o Senhor, temos de nos negar a nós próprios e tomar a nossa cruz. O que é que isto significa? O caminho da cruz não consiste em procurar o conforto pessoal neste mundo, mas em procurar o bem dos outros para que possam receber a salvação. Trata-se de viver uma vida que dá vida aos outros. Para dar vida, é preciso estar disposto a dar a sua própria vida – este é o caminho da cruz. Foi assim que o Senhor nos deu a vida. João Batista pregou um batismo de arrependimento para testemunhar que Jesus de Nazaré é o Cristo que nos salva. Pedro, pregando sobre Jesus de Nazaré crucificado, disse que Deus o ressuscitou e o fez Senhor e Cristo, e acusou os seus ouvintes de terem crucificado Jesus. O que é que significa crucificar Jesus? Significa rejeitá-l’O, rejeitar Jesus de Nazaré.

Agora, temos de mudar os nossos pensamentos e os nossos corações. O que significa a fé no Senhor? A Bíblia diz: “Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios; Deus escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes. Escolheu as coisas humildes deste mundo e as desprezadas – e as que não são – para anular as que são, a fim de que ninguém se glorie diante dele.” Deus não se revela através da nossa sabedoria, força ou honra. Em vez disso, a sabedoria, a força e a glória de Deus são reveladas através da nossa loucura, fraqueza e humildade.

O Senhor que somos chamados a seguir é Jesus de Nazaré. O seu caminho ensina-nos a não ter vergonha de parecermos tolos, fracos ou humildes quando lidamos com os outros para levar a salvação às suas almas. Se mudarmos o nosso coração hoje, podemos experimentar a alegria do céu a 100%. Mas se adiarmos o arrependimento para amanhã, a probabilidade de nos arrependermos pode diminuir-90%, 70%, 50%, 30%-até se tornar cada vez mais improvável. Quando isso acontece, o reino dos céus pode tornar-se distante e irrelevante para nós. Não adiemos, mas, em vez disso, abracemos o caminho do arrependimento hoje.

2. Para experimentar a felicidade do céu, temos de endireitar o caminho do Senhor. A expressão “endireitar” significa corrigir o nosso coração e alinhar a nossa vida com a vontade do Senhor. O apelo de João Batista para preparar o caminho do Senhor implica a remoção de quaisquer impurezas e obstáculos que impeçam a Sua vinda. Embora existam muitos desses obstáculos nas nossas vidas, gostaria de destacar três. Espero que, ao refletir sobre eles, concorde e dedique algum tempo a removê-los.

1) Orgulho e pensamento egocêntrico

Deus ama os humildes, mas opõe-se aos orgulhosos. O que é o orgulho? O orgulho é a ilusão de que podemos viver sem Deus. Esta ilusão leva-nos a desvalorizar a oração e a dependência de Deus. Mesmo quando as pessoas egocêntricas rezam, procuram os seus próprios desejos e benefícios em vez da vontade de Deus. O que é que as Escrituras dizem? Tiago 4:6 declara: “Deus opõe-se aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.

2) A preguiça espiritual e a falta de oração

O nosso relacionamento com Deus requer esforço e tempo constantes porque Ele existe no reino invisível. A preguiça espiritual leva-nos a negligenciar a oração no Espírito e a leitura da Palavra de Deus, que sai da Sua boca. Orar no Espírito significa permitir que o Espírito Santo nos guie para orarmos de acordo com a vontade de Deus. Uma forma de rezar no Espírito é fazer a oração que Jesus nos ensinou. Cantar hinos que movem o seu coração é outra forma de oração guiada pelo Espírito. Este tipo de oração é a respiração da alma: através da oração, inalamos o Espírito de Deus e exalamos o espírito do mundo, tal como o nosso corpo inala oxigénio e exala dióxido de carbono para manter a vida. A oração, portanto, convida o Espírito Santo a habitar em nós e expulsa as influências do mundo.

Quando o Espírito Santo habita em nós, Ele escreve a Palavra de Deus em nossos corações quando lemos a Bíblia ou ouvimos os sermões pregados pelos servos de Deus. Essa Palavra transforma a nossa vida, traz justiça, enche-nos de paz e transborda o nosso coração de alegria, permitindo-nos experimentar a felicidade do céu. Por isso, 1 Tessalonicenses 5:17 diz: “Orai sem cessar”, Marcos 14:38 instrui: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”, e Lucas 18:1 nos ensina a “orar sempre e não desistir”. Rezo para que um tal movimento de oração surja em todos nós.

3) Valores e prioridades mundanos

Os valores do mundo são muitas vezes contrários aos ensinamentos de Deus. Por exemplo, o mundo valoriza o sucesso, a felicidade pessoal e a auto-gratificação acima de tudo, enquanto Deus nos chama a dar prioridade ao amor, ao serviço e à salvação das almas para a Sua glória. Os valores mundanos levam-nos a concentrar as nossas prioridades nas coisas terrenas e não em Deus, impedindo assim a nossa intimidade com Ele. Romanos 12:2 diz: “Não se conforme com o padrão deste mundo, mas transforme-se pela renovação da sua mente. Então podereis testar e aprovar qual é a vontade de Deus – a Sua boa, agradável e perfeita vontade.” Mateus 6:33 declara: “Buscai primeiro o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas também.” Tiago 4:4 adverte: “Vocês, pessoas adúlteras, não sabem que a amizade com o mundo significa inimizade contra Deus? Portanto, todo aquele que escolhe ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus.”

Que possamos ter a sabedoria de discernir estas verdades e alinhar os nossos corações com a vontade de Deus.

3. O reino dos céus está próximo. Esta afirmação declara que o reino de Deus já chegou. Portanto, o reino dos céus não é um acontecimento futuro, mas a realidade atual do reino e da presença de Deus aqui na terra. Quando nos arrependemos, o Espírito Santo vem sobre nós, Satanás foge e o governo do Senhor é estabelecido. O reino dos céus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Como o reino não é deste mundo, não está sujeito às circunstâncias. Aqueles que possuem a justiça de Deus em seus corações estão livres de preocupações, medo e ansiedade. Eles estão em paz e sempre cheios de alegria. Isso é possível? Sim, quando nos arrependemos, o Espírito Santo transforma o nosso coração e tornamo-nos como crianças recém-nascidas.

É por isso que Jesus disse: “Se não vos tornardes como crianças, nunca entrareis no reino dos céus”. Os adultos, sobrecarregados pelo conhecimento do mundo, muitas vezes carregam ansiedade e preocupação. Mas as crianças, sem o conhecimento e a sabedoria do mundo, não se preocupam com as dificuldades da vida. Só precisam da sua mãe, confiando nela para a proteger. Isto é fé. Quando nos arrependemos, tornamo-nos cidadãos do reino de Deus, e Jesus, o nosso Rei, protege-nos como prometeu.

Tal como a cidadania americana oferece uma forte proteção no estrangeiro, quanto mais nós, como cidadãos do Reino de Deus, somos salvaguardados pelo nosso Rei, Jesus? Muitas vezes, os reis terrenos não conseguem proteger totalmente os seus súbditos, mas Jesus protege-nos de todas as provações e estende-nos a Sua graça. É por isso que podemos dar graças e cantar louvores em todas as circunstâncias. David, confiando na proteção do Rei, pôde escrever os Salmos mesmo no meio de provações esmagadoras. Do mesmo modo, Paulo, suportando inúmeros perigos e dificuldades, pôde escrever as suas epístolas com alegria.

O conhecimento, a sabedoria e a experiência do mundo muitas vezes atrapalham a nossa fé. Paulo declarou que considerava tudo o que antes lhe era proveitoso como lixo por causa do conhecimento de Cristo. Ele testificou em 2 Coríntios 4:7-10: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder sobrepujante vem de Deus e não de nós. Somos por todos os lados constrangidos, mas não esmagados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.” O coração de Paulo estava cheio de justiça, paz e alegria, independentemente das suas circunstâncias. Que possamos experimentar o mesmo, em nome do Senhor.

Finalmente, a vida pode parecer pacífica e alegre às vezes, e podemos chamar isso de céu. No entanto, a felicidade do céu dada por Deus vai além da paz e da alegria pessoal – inclui a retidão que vem da salvação de almas, o que a torna verdadeiramente gratificante. O mundo só encontra paz e alegria quando os problemas pessoais são resolvidos, mas a felicidade celestial é diferente. É através da resolução dos nossos problemas que os outros passam a acreditar no Deus vivo e voltam para Ele. É por isso que podemos rezar: “Não se faça a minha vontade, mas a Tua”.

Procurar apenas a satisfação dos nossos desejos é viver para nós próprios, tal como faz o mundo. Em vez disso, devemos viver para os outros, sacrificando-nos para que os outros possam viver. Isto significa dedicar a vida que nos resta à salvação das almas, não para nosso benefício, mas para a glória de Deus. Quando Deus vê esta sinceridade no nosso coração, resolve os nossos problemas para nos trazer paz e alegria. Mas isto não é o fim; continuamos a viver como administradores, como pescadores de homens, cumprindo a Sua vontade. Essa felicidade é eterna. Mesmo depois de deixarmos este mundo, experimentaremos a alegria eterna da retidão, da paz e da alegria no Espírito Santo no novo céu e na nova terra. Que essa bênção esteja com todos nós.

Para resumir:

Deus deseja que sejamos felizes. Essa felicidade é uma vida cheia de justiça, paz e alegria. Se deseja esta felicidade, tem de tomar uma decisão hoje, agora mesmo:

O Senhor que seguimos é Jesus de Nazaré, que era tolo, fraco e humilde aos olhos do mundo.

Para que o Senhor habite em nós, devemos deixar de lado o orgulho, dedicar-nos a orar no Espírito e empenhar-nos na leitura diária da Palavra.

Para a felicidade do reino dos céus, temos de nos decidir a viver o resto da nossa vida como mordomos, dedicados à salvação das almas.

Com base na minha experiência pessoal, garanto-lhe: seja qual for o problema que enfrente, o Senhor fará com que todas as coisas contribuam para o bem e conduzi-lo-á por um caminho abençoado. Encontrará paz e alegria transbordantes porque nada lhe fará mal. Que esta graça e esta bênção estejam com todos vós.

Eis um exemplo de uma oração que recebe uma resposta certa:
“Senhor, tenho um problema enorme. Se este problema for resolvido, terei paz e alegria no meu coração. Acredito que deseja que os Seus filhos tenham paz e alegria. Por favor, resolva este problema e esta dor para que eu possa viver com paz e alegria. Então dedicarei o resto da minha vida não a viver para mim, mas para a salvação dos outros. Em nome de Jesus, eu peço-lhe. Amém”.

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